Um avião Boeing 787 Dreamliner da Air India com destino a Nova Déli retornou à sua origem em Hong Kong como medida de precaução nesta segunda-feira (16), depois que o piloto suspeitou de um problema técnico durante o voo, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto.
O incidente ocorre dias depois que um voo da Air India para Londres, usando o mesmo tipo de aeronave Boeing, caiu na cidade de Ahmedabad momentos após a decolagem, matando 279 pessoas, entre passageiros, membros da tripulação e vítimas atingidas no solo. O desastre aéreo é o mais letal do mundo desde 2014.
A aeronave Dreamliner que operava o voo AI 315 da Air India nesta segunda passa por verificações.
O AI 315 retornou ao Aeroporto Internacional de Hong Kong e solicitou prontidão local por volta das 13h, “pousando com segurança por volta das 13h15”, disse o porta-voz da Autoridade Aeroportuária de Hong Kong, referindo-se ao horário local. As operações do aeroporto não foram afetadas, acrescentou o porta-voz.
O voo AI 315 decolou de Hong Kong por volta das 12h20 e pousou apenas cerca de uma hora depois. Atingiu uma altitude de 22 mil pés e, em seguida, começou a descer, de acordo com o site de rastreamento de voos AirNav Radar.
A Boeing e a Air India não responderam imediatamente a um pedido de comentário sobre o voo.
O acidente da semana passada traz um novo desafio tanto para a Air India, que há anos tenta renovar sua frota, quanto para a Boeing, que tenta reconstruir a confiança do público após uma série de crises de segurança e produção.
O voo caiu menos de um minuto após levantar voo, às 13h39 locais (5h-9 em Brasília), rumo ao aeroporto londrino Gatwick, segundo a aviação civil indiana.
A aeronave emitiu um pedido de socorro quase no momento da decolagem, antes de cair em um bairro residencial de Ahmedabad.
De acordo com a aviação civil indiana, o Boeing 787 levava 230 passageiros —169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense— e 12 tripulantes.
Um dos passageiros, que estava sentado na parte da frente do avião, sobreviveu ao acidente. “Eu ainda não consigo acreditar que saí vivo de lá”, declarou à televisão indiana Vishwash Kumar Ramesh, britânico de origem indiana, de 40 anos.
Fonte ==> Folha SP
