Após abocanhar diversas fatias do capital da BRF, Marcos Molina decidiu juntar a companhia de vez à Marfrig, de olho em criar uma das principais companhias de alimentos do mundo.
Em fato relevante divulgado na noite de quinta-feira, 15 de maio, a Marfrig anunciou a intenção de realizar uma oferta pelas ações que ainda não detém da BRF. Atualmente, a participação da Marfrig é de 50,5%.
A fusão cria uma plataforma de multiprotepínas com receita de, aproximadamente, R$ 150 bilhões.
Segundo o fato revelante, a combinação dos negócios tem o potencial de sinergia de pouco mais de R$ 805 milhões, pelo aumento de receitas e a redução de custos decorrente da aceleração de oportunidades de cross-selling, e da união da estrutura comercial e logística.
A oferta, se bem sucedida, concretizará o sonho que Molina colocou em prática em 2019, com as duas companhias declarando, em maio daquele ano, que estudavam uma possível fusão.
Menos de dois meses depois, porém, a intenção de se unirem foi cancelada, diante de supostos desentendimentos em relação à estrutura acionária.
Desde então, Molina foi ampliando a participação da Marfrig na BRF, conseguindo emplacar conselheiros e executivos de sua confiança. O atual CEO da BRF, Miguel Gularte, ocupou o mesmo cargo na Marfrig, que assumiu em 2022 com a missão de recuperar a companhia, que viveu uma série de turnarounds desde 2013.
A informação sobre a oferta da Marfrig pelo restante da participação da BRF foi antecipada mais cedo pela Bloomberg, citando fontes.
(reportagem em atualização)
Fonte ==> ONU