A viúva de John Lennon, Yoko Ono, 91, nunca superou a tragédia que marcou sua vida há mais de quatro décadas. Em 8 de dezembro de 1980, seu marido foi assassinado aos 40 anos, em frente ao edifício Dakota, em Nova York, onde o casal morava. O filho deles, o cantor Sean Ono Lennon, 49, contou que sua mãe não conseguiu seguir em frente completamente após a morte do ex-Beatle.
Em entrevista à BBC Radio 6 Music, Sean revelou que Yoko mencionava o marido diariamente após sua morte. “Cresci com minha mãe falando sobre meu pai todos os dias”, falou.
“Ela famosamente cortou o cabelo quando meu pai morreu porque, no Japão, costumava-se cortar o cabelo quando o marido morre”, explicou Sean. “Então, ela falava sobre ele todos os dias, e acho que ela nunca superou esse relacionamento.”
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Sean, que recentemente liderou o relançamento de “Mind Games”, álbum de 1973 de Lennon, abordou o famigerado “Lost Weekend”, período de um ano e meio em que o casal esteve separado e o músico britânico viveu um romance com May Pang, assistente do casal.
“A verdade é que, mesmo quando estavam separados, eles sempre conversavam. Então, não acho que eles realmente tenham terminado. Todas as coisas dele ainda estavam no apartamento com minha mãe. Não foi uma separação real”, explicou.
Sean disse acreditar que a influência de Yoko na vida e na obra de John foi incontestável. “Acho que é claro qual era a visão dele sobre minha mãe em sua vida. Ela era monumental, obviamente, e o álbum inteiro (Mind Games) é sobre ela”, falou.
“Ela estava lá no estúdio… isso meio que confirmou o quanto ele estava profundamente apaixonado por minha mãe”, continuou. “Acho que todo relacionamento é muito difícil, e não acredito que os seres humanos realmente tenham resolvido a equação do amor. Então, acho que eles fizeram o melhor que puderam, mais do que qualquer outro casal que eu conheça.”
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