Em um cenário corporativo cada vez mais competitivo, a busca por eficiência operacional deixou de ser apenas uma meta e passou a ser questão de sobrevivência.
14 de agosto de 2025
Nesse contexto, a automação de processos desponta como um dos principais vetores de redução de custos e aumento de produtividade, capaz de gerar economias milionárias e transformar a forma como as empresas operam.
Segundo levantamento da consultoria McKinsey, companhias que investem de forma estruturada em automação podem reduzir seus custos operacionais entre 20% e 40%, ao mesmo tempo em que aumentam a velocidade de entrega e diminuem falhas humanas. Esse movimento, antes concentrado em grandes corporações e setores industriais, agora se espalha por segmentos como telecomunicações, educação, finanças e serviços.
Para o analista de dados e especialista em automação Maikol Oliveira, com 15 anos de experiência em projetos de alto impacto, a automação não se limita a substituir tarefas manuais por sistemas digitais. “O ganho real está na inteligência aplicada. Quando você conecta automação com análise de dados, cria um ecossistema em que decisões estratégicas são tomadas com base em informações atualizadas e precisas, e isso se reflete diretamente no resultado financeiro”, afirma.
Maikol coleciona casos que ilustram essa transformação. Na Universidade Paulista (UNIP), liderou um projeto de automação e inteligência de dados que substituiu processos manuais de atendimento por um sistema integrado, resultando em economia anual superior a R$ 1 milhão. Já na Telefônica/Vivo, desenvolveu internamente uma ferramenta de atendimento a clientes premium da fibra óptica, evitando um custo estimado de US$ 120 mil anuais com a compra de soluções prontas.

Outro exemplo foi no Banco Carrefour, onde implementou dashboards automatizados que atualizavam relatórios críticos em D-1, eliminando gargalos históricos e permitindo que diretoria e presidência tivessem acesso imediato a dados estratégicos. “O tempo que se perde compilando dados é tempo que se deixa de investir em decisões assertivas. Automatizar é também devolver agilidade ao negócio”, reforça.
Especialistas concordam que o impacto da automação vai além da economia imediata. Ela melhora a experiência do cliente, reduz erros operacionais e libera equipes para se concentrarem em tarefas de maior valor agregado. No entanto, a adoção dessa estratégia exige planejamento, conhecimento técnico e um olhar atento à integração entre tecnologia e processos de negócio.
Com o avanço da inteligência artificial e a popularização de ferramentas de automação low-code e no-code, empresas de todos os portes terão à disposição recursos antes restritos a grandes investimentos. Para Maikol, essa democratização será um divisor de águas. “A tecnologia está cada vez mais acessível, mas o diferencial estará em quem souber usá-la de forma estratégica para transformar dados em decisões e decisões em resultados”, conclui.