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A Vulcabras completou 21 trimestres consecutivos de crescimento, com destaque para o aumento de 21,8% na receita bruta no 3T25, atingindo R$ 1,1 bilhão. O lucro líquido alcançou R$ 547,2 milhões, impulsionado por impostos diferidos, e o Ebitda somou R$ 226,5 milhões. O lucro líquido recorrente nos nove primeiros meses de 2024 chegou a R$ 414 milhões, alta de 10,5%. O segmento esportivo, liderado por Olympikus, Under Armour e Mizuno, registrou forte desempenho.
* Resumo gerado por inteligência artificial e revisado pelos jornalistas do NeoFeed
A Vulcabras está há mais de cinco anos entregando crescimento para os investidores. No terceiro trimestre deste ano, a fabricante de roupas e calçados esportivos completou 21 trimestres consecutivos de expansão, com a receita operacional bruta chegando a R$ 1,1 bilhão. Mas Pedro Bartelle está de olho nos próximos passos.
O CEO da Vulcabras mostra confiança com a possibilidade da companhia movimentar o mercado de M&A já a partir do início de 2026.
“Nós temos um mapeamento muito bom do mercado. A Vulcabras pode mais”, afirma Bartelle, em entrevista ao NeoFeed.
“Acredito que a Vulcabras, por tudo o que ela fez, sua maneira de operar e o time que montou, está preparada para absorver mais negócios. Seria até um desperdício não usar toda essa inteligência de mercado que a gente tem”, complementa.
O otimismo do empresário no próprio negócio é o oposto em relação ao cenário macroeconômico e eleitoral do próximo ano, que traz a dose de incerteza que prejudica investimentos de longo prazo.
“Estou muito otimista com 2026 em relação à Vulcabras, mas cauteloso a respeito do Brasil”, diz ele.
Por esse motivo, a Vulcabras prefere a estratégia do M&A à abrir o seu parque fabril para a terceirização. De acordo com Bartelle, o princípio fundamental é ter controle total da cadeia e das marcas. Ao produzir para outras empresas (uma prática comum no setor de calçados) os riscos de um país volátil como o Brasil ficam expostos na mesa.
“Marcas pedem para produzirmos para elas, mas eu digo: ‘me dá um contrato de três, quatro, cinco anos que eu estudo’. Prefiro administrar todas as etapas do processo e ser dono das marcas”, diz ele.
Mesmo com o Brasil em “modo eletrocardiograma”, alternando entre momentos ótimos e ruins ao longo de 2025, a Vulcabras cresceu 21,8% em receita operacional bruta no terceiro trimestre, atingindo R$ 1,1 bilhão – um recorde histórico.
O lucro líquido foi de R$ 547,2 milhões, crescimento de 217,8% sobre o mesmo período do ano passado, com margem líquida de 57,3%. O Ebitda do trimestre foi de R$ 226,5 milhões, com margem de 23,7%
O resultado foi fortemente impactado pelo reconhecimento de mais de R$ 366 milhões em impostos diferidos — um ativo contábil relacionado a prejuízos fiscais acumulados no passado que serão consumidos nos próximos anos.
“Fazemos questão de deixar bem claro que o lucro líquido recorrente também cresce em percentuais bem razoáveis”, afirma Wagner Dantas, CFO da Vulcabras.
No acumulado de nove meses, excluindo eventos não recorrentes (o diferimento tributário no no terceiro trimestre e um crédito de PIS/Cofins no trimestre anterior, o lucro líquido recorrente foi de R$ 414 milhões, crescimento de 10,5% sobre os R$ 375 milhões do mesmo período de 2024.
A divisão de calçados esportivos cresceu 22,9% no 3T25, com destaque para a Olympikus, com a linha Corre consolidada como referência; a Under Armour, que registrou o melhor trimestre da operação no Brasil; e a Mizuno, que manteve o ritmo de crescimento no segmento de alta performance.
“Nós estamos roubando um pouco de share de outros, inclusive das marcas grandes”, diz Bartelle.
O mercado brasileiro de calçados esportivos tem peculiaridades que favorecem a Vulcabras. Enquanto o consumo per capita nos Estados Unidos é de sete pares por habitante ao ano, no Brasil são quatro pares. E se tirar os chinelos, esse indicador para menos da metade.
“O consumo de tênis no Brasil não chega a um par por habitante. Isso quer dizer que, todos os anos, metade dos brasileiros compra um tênis, a outra metade não”, afirma o CEO.
Diante da iminente tributação sobre dividendos prevista na reforma tributária, a Vulcabras anunciou um pagamento de dividendos extraordinários de R$ 597,7 milhões, acompanhado de um aumento de capital por subscrição privada no mesmo valor.
“A empresa não fica com um balanço alavancado, exposto a altas taxas de juros, e o acionista tem o benefício de aumentar o custo do papel”, diz Dantas.
A companhia já havia pago R$ 300 milhões em dividendos em setembro e mantém alavancagem de 0,5 vez.
Na B3, a ação VULC3 acumula alta de pouco mais de 42% no ano. O valor de mercado da companhia é de R$ 6,1 bilhões.
Fonte ==> NEOFEED
 
				 
				 
											 
         
         
         
         
         
         
        