Em um cenário de desafios econômicos cíclicos, carga tributária elevada e burocracia complexa, o Brasil continua a se destacar por uma de suas maiores forças estruturais: o empreendedorismo. Mesmo em meio à instabilidade, o país segue entre as nações com o maior número de empreendedores do mundo, cerca de 10 milhões de brasileiros atuam hoje como empregadores ou empresários, segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Essa capacidade de transformar dificuldades em oportunidade tem sido a base de sustentação da economia nacional.
Mas o que explica a resiliência do empreendedor brasileiro?
De acordo com especialistas, três eixos principais mantêm o país em movimento: a inovação, a educação empreendedora e o reconhecimento público de quem gera impacto real. Esses pilares sustentam o crescimento, fortalecem o capital humano e criam um ambiente favorável à produtividade e à confiança.

Chang Yung Kong
O empresário Chang Yung Kong, com mais de três décadas de experiência em cooperação econômica entre Brasil, China e África, resume a função social do empreendedorismo como motor de transformação. “Empreender é mais do que administrar negócios. É impulsionar desenvolvimento. Cada emprego gerado é uma semente plantada no solo da economia”, afirma.
Essa mentalidade é compartilhada por profissionais de diferentes setores. O médico Dr. Gustavo Fontenele, formado em Harvard e especialista em performance e emagrecimento, destaca que a saúde e a produtividade estão intimamente ligadas. “Cuidar da saúde é fortalecer a base da economia. A medicina é um pilar silencioso da produtividade nacional”, observa.
O terceiro eixo dessa engrenagem está na educação empreendedora. Para o educador e empresário Gilson Mello, fundador de escolas de negócios no Brasil e nos Estados Unidos, formar novos empreendedores é uma questão de política econômica. “Educar para empreender é ensinar a pensar criativamente e a resolver problemas. Cada profissional preparado é uma engrenagem a mais girando em prol do crescimento”, explica.
A inovação tecnológica completa esse tripé de força. O especialista em inteligência artificial Klyff Harlley Ferreira Toledo, com experiência em empresas como Itaú e PayPal, reforça que a digitalização é uma questão de sobrevivência. “Inovação e competitividade caminham juntas. Quem não investe em tecnologia está abrindo mão do futuro”, diz.
Nesse contexto de reinvenção e reconhecimento, surge uma iniciativa que traduz esses princípios na prática: o Prêmio Black Belt, promovido pela Academia de Negócios e Empreendedorismo, uma das principais plataformas de incentivo ao mérito e à inovação no país. Desde 2019, o prêmio homenageia anualmente cem profissionais de destaque em áreas como Business, Health, Education e Tech, escolhidos entre mais de 700 nomes avaliados por um comitê técnico independente.
Mais do que uma cerimônia de gala, o prêmio se tornou uma vitrine de boas práticas e um selo de excelência profissional, reconhecendo não apenas resultados financeiros, mas impacto humano, inovação e contribuição social. Em 2025, o evento recebeu o apoio formal da Câmara dos Deputados, com cartas de reconhecimento de parlamentares como Cezinha de Madureira (PSD-SP), Otoni de Paula (MDB-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), um gesto institucional que reforça a importância do empreendedorismo como política de desenvolvimento.

Gilson Mello
Para Gilson Mello, o reconhecimento público é uma das formas mais poderosas de gerar motivação e legitimidade no ambiente de negócios. “Prêmios como o Black Belt servem para lembrar que mérito, ética e trabalho são as maiores fontes de credibilidade. Eles valorizam o talento brasileiro e mostram que o sucesso é construído, não sorteado”, afirma.
O Prêmio Black Belt também cumpre um papel simbólico de convergência entre setores produtivos, unindo empresários, profissionais liberais, educadores e cientistas em torno de um objetivo comum: fazer o Brasil crescer de dentro para fora. Ao estimular o networking entre diferentes áreas, o evento fortalece o ecossistema da inovação e cria novas oportunidades de cooperação.
Nos bastidores dessa engrenagem, um ponto se destaca: o reconhecimento é uma ferramenta de desenvolvimento econômico. Quando empresas, governos e instituições valorizam o mérito e a inovação, criam um ciclo virtuoso que estimula o investimento, a produtividade e a formação de novas lideranças.
Em tempos de instabilidade global, onde crises políticas e econômicas são constantes, a mensagem por trás do Prêmio Black Belt se torna ainda mais relevante: é o talento humano, e não o acaso, que mantém o país em movimento. Cada empreendedor, profissional ou educador que inova, ensina e inspira está ajudando a sustentar a economia brasileira.
Mais do que uma celebração, o reconhecimento é um lembrete de que o capital humano é o maior ativo do país, e investir nele é investir no futuro.