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Nos últimos dias, as ações da Beyond Meat subiram cerca de 600%, impulsionadas por fatores como a inclusão no ETF Roundhill MEME, uma nova parceria de distribuição com o Walmart em mais de 2 mil lojas nos EUA e um possível “short squeeze”, já que cerca de 70% das ações em circulação estavam alugadas para posições vendidas.
O pessimismo vinha crescendo, com aumento de 45% no volume de papéis alugados entre julho e setembro, refletindo a deterioração dos resultados da empresa, prejuízos recorrentes, queda nas vendas e aumento do endividamento. Após atingir mínima histórica em outubro, a disparada recente praticamente zera as perdas do ano, mas ainda há dúvidas sobre a sustentabilidade desse rali.
* Resumo gerado por inteligência artificial e revisado pelos jornalistas do NeoFeed
As ações da empresa de carne vegetal Beyond Meat, que até dias atrás carregavam o rótulo de penny stock, protagonizam um dos maiores ralis da bolsa americana. Em apenas três pregões, os papéis acumulam uma valorização de cerca de 600%. A empresa terminou a terça-feira, 21 de outubro, valendo US$ 1,44 bilhão.
Os ativos encerraram as negociações na Nasdaq cotados a US$ 3,62, após uma disparada de 146% no dia. O movimento de euforia continua no pós-mercado, onde as ações avançam para cerca de US$ 4,42, ampliando ainda mais a valorização.
O mercado ainda busca entender as razões que motivaram uma valorização tão expressiva em tão pouco tempo, oscilando entre fatores técnicos e notícias corporativas.
Parte dos investidores atribui o rali à inclusão das ações da Beyond Meat no ETF Roundhill MEME, fundo que reúne papéis populares entre investidores de varejo e frequentemente impulsionados por movimentos em redes sociais.
Outro catalisador importante foi o anúncio de uma nova parceria de distribuição com o Walmart, que passará a vender produtos da Beyond Meat — como o Beyond Burger 6-Pack e o Beyond Chicken Pieces — em mais de 2 mil lojas nos Estados Unidos.
Uma terceira hipótese para explicar a alta das ações é a possível ocorrência de um “short squeeze” — movimento clássico de forte alta provocado pela recompra forçada de papéis vendidos a descoberto.
Nesse cenário, investidores que apostavam na queda da Beyond Meat são obrigados a zerar suas posições para limitar as perdas, o que os leva a recomprar as ações a preços cada vez mais altos. Esse efeito em cadeia acaba alimentando ainda mais a valorização, intensificando o rali em um curto espaço de tempo.
De acordo com dados da Nasdaq, onde a Beyond Meat é listada, a empresa encerrou o último mês com 39,6 milhões de ações alugadas, o equivalente a cerca de 70% do total de papéis em livre circulação.
As posições vendidas vinham aumentando nos últimos meses, acompanhando a queda do preço das ações. De julho até o fim de setembro, o volume de papéis alugados cresceu cerca de 45%, indicando que o pessimismo dos investidores vinha se intensificando — até ser revertido bruscamente pela disparada recente.
A Beyond Meat, que ganhou destaque ao liderar o movimento global de carnes vegetais, atravessa uma fase prolongada de deterioração nos resultados. A empresa vem registrando prejuízos trimestrais sucessivos e uma forte desaceleração nas vendas nos últimos anos.
O endividamento aumentou e, em setembro de 2025, a companhia anunciou uma troca de títulos conversíveis como tentativa de aliviar a pressão sobre o balanço — medida que acabou provocando nova queda nas ações. O movimento de baixa estendeu-se até meados de outubro, quando os papéis atingiram a mínima histórica de US$ 0,65, acumulando desvalorização de cerca de 85% no ano.
Com a alta de hoje, porém, a Beyond Meat praticamente zera as perdas do ano e pode passar a acumular alta, se a valorização no pós-mercado se concretizar no pregão seguinte. Resta saber se a disparada recente marca o início de uma reviravolta duradoura ou apenas mais um episódio efêmero na volátil trajetória da Beyond Meat.
Fonte ==> NEOFEED