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O brilho dos faróis e a lataria reluzente dos mais belos e raros automóveis reunidos ali podem ofuscar as obras de arte, mas não roubam de todo a cena. O Carde, museu em Campos do Jordão, no interior paulista, que ostenta uma coleção de cem carros históricos, entre eles o Lincoln K que conduziu a rainha Elizabeth 2ª à festa de inauguração do Masp na década de 1960 e uma McLaren pilotada por Ayrton Senna, agora se prepara para organizar mais uma galeria em que a estrela é algo menos motorizado, mas nem por isso menos possante.
O novo espaço do museu vai receber “A Caipirinha”, a mais cara das obras de Tarsila do Amaral vendida em leilão, arrematada em São Paulo há cinco anos por R$ 57,5 milhões. É uma das joias do acervo de Luiz Goshima, colecionador e idealizador do museu ao lado de Lia Maria Aguiar, herdeira da fortuna do pai, fundador do banco Bradesco, que já investiu mais de R$ 120 milhões na cidade.
Eles também arremataram, do mesmo leiloeiro, Jones Bergamin, da Bolsa de Arte, toda a coleção deixada pelo artista Emanoel Araújo, uma transação de R$ 30 milhões, há dois anos. Agora, Bergamin foi contratado pelos colecionadores para organizar o acervo riquíssimo em peças modernistas, de artistas como Alberto da Veiga Guignard, Candido Portinari e Emiliano Di Cavalcanti, para além de Tarsila, obras de arte sacra e trabalhos de artistas viajantes, como Frans Post, Jean-Baptiste Debret e Johann Moritz Rugendas.
MENINAS DOS OLHOS Este será um ano de grande visibilidade para duas das artistas brasileiras mais valorizadas no mercado.
Adriana Varejão, que já teve uma obra leiloada por R$ 5 milhões, e Beatriz Milhazes, com recorde de R$ 12,3 milhões, terão mostras em Nova York e em Lisboa —esta última no bom e velho Guggenheim nova-iorquino e Varejão no Hispanic Society Museum, em Manhattan, e no Museu Calouste Gulbenkian, ao lado de Paula Rego, na capital portuguesa.
Fonte ==> Folha SP