Desde cedo, minha trilha foi pavimentada com passos de dança, notas musicais e ecos de palco. Vim ao mundo com o selo de autenticidade do autismo, e foi justamente nas artes, essa bagunça organizada entre dança, teatro e música, que descobri um espaço para ser livre, inteiro e, sobretudo, eu mesmo.
Com a bússola firme da minha família e a estrela-guia da psicoterapeuta Dra. Priscila Pinato e sua equipe, encontrei no Método Surgir Sistêmico um mergulho profundo em mim mesmo. Foi quase como abrir um baú de tesouros escondidos: a arteterapia me ensinou a rir das minhas sombras e a dançar com elas, conquistando autonomia psicológica, mental e neurológica com a leveza de quem desliza pelo palco e a alegria de quem aplaude a própria história.
Hoje, aos 17 anos, faço parte, com peito cheio de orgulho, da Companhia de Ballet e Teatro Marie Padille. E não paro por aí: já preparo meu próximo ato para os palcos da Unibras, onde darei vida aos papéis de estudante de Psicologia e Direito. Porque, afinal, quem disse que não dá para dançar também entre livros de leis e teorias da mente?
Yuri, 17 anos, é artista, bailarino e ator da Companhia de Ballet e Teatro Marie Padille. Autista, encontrou nas artes — entre passos de dança, notas musicais e cenas teatrais — um espaço de expressão e liberdade. Através do Método Surgir Sistêmico, orientado pela psicoterapeuta Dra. Priscila Pinato, desenvolveu autonomia e autoconhecimento por meio da arteterapia. Agora, prepara-se para um novo palco: a universidade, onde estudará Psicologia e Direito.