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O mundo está diante de momento decisivo para as demandas socioambientais. Com a urgência climática cada vez mais evidente e a pressão por práticas sustentáveis crescendo em todos os setores, 2025 se apresenta como um ano de transformação e oportunidade.
Organizações, governos e pessoas estão percebendo que mudanças não são apenas desejáveis, como inevitáveis.
Uma das tendências mais marcantes deste momento é a transição para uma economia de baixo carbono. Segundo pesquisa da PwC Brasil, 27% das empresas brasileiras assumiram algum compromisso net zero (de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa), enquanto a média global é de 22%.
O movimento, impulsionado tanto por regulamentações quanto pela demanda dos consumidores, está forçando empresas a reavaliar seus processos e investir em inovação.
Tecnologias limpas, energias renováveis e soluções baseadas na natureza estão no centro dessa mudança, abrindo um amplo leque de oportunidades para startups e iniciativas voltadas ao impacto socioambiental.
Paralelamente, o conceito de justiça climática vem ganhando espaço. A constatação de que os impactos das mudanças climáticas afetam de forma desproporcional populações vulneráveis engaja cada vez mais movimentos sociais e passa a influenciar políticas públicas.
Em 2025, espera-se um aumento significativo em programas que aliam desenvolvimento econômico à redução de desigualdades. Isso inclui, por exemplo, iniciativas de transição justa em setores como mineração e indústria pesada, que buscam a reconversão de empregos para áreas sustentáveis.
Outro aspecto de grande relevância é o fortalecimento de negócios de impacto, que aliam lucro à solução de problemas socioambientais e já somam cerca de 10 milhões em todo o mundo. De acordo com o relatório The State of Social Enterprise 2024, esses negócios geram aproximadamente US$ 2 trilhões em receita anual.
A estimativa é de que o setor cresça, com investidores cada vez mais interessados em alocar recursos em iniciativas que gerem retorno financeiro e impacto positivo. Essa tendência também reflete a mudança de mentalidade das novas gerações, que priorizam consumo e carreiras alinhadas com propósitos de sustentabilidade.
No Brasil, a biodiversidade e o potencial para liderança em soluções sustentáveis colocam o país em posição estratégica em 2025. Iniciativas de preservação da Amazônia, investimentos em bioeconomia e projetos de impacto em comunidades locais estão ganhando fôlego, mostrando que é possível alinhar desenvolvimento econômico à conservação ambiental.
Além disso, o crescente interesse por soluções regenerativas –que não apenas mitigam impactos, mas também restauram ecossistemas– deve influenciar profundamente práticas empresariais e públicas.
A tecnologia também desempenha papel essencial nas perspectivas para 2025. A adoção de ferramentas de mensuração de impacto, como ESG, está se tornando um padrão global.
Organizações que conseguem quantificar e comunicar seu impacto socioambiental não apenas ganham a confiança de investidores e consumidores, mas também ampliam sua capacidade de influenciar positivamente cadeias de valor inteiras.
Soluções baseadas em blockchain, internet das coisas e análise de big data estão ajudando a monitorar a sustentabilidade de produtos e serviços de ponta a ponta.
Essas tendências refletem um movimento global irreversível em direção a um modelo de desenvolvimento que reconhece os limites do planeta e as necessidades das pessoas. No entanto, para que essas transformações se consolidem, é essencial promover diálogos e colaborações entre diferentes atores do ecossistema.
Uma oportunidade de discutir essas temáticas acontecerá em março, em São Paulo. O Impacta Mais, principal fórum brasileiro de economia de impacto, realizado pelo Impact Hub São Paulo e idealizado junto ao ICE (Instituto Cidadania Empresarial), reunirá lideranças empresariais, startups, investidores e especialistas.
O objetivo é buscar soluções para os grandes desafios socioambientais por meio de novos modelos de negócios. Um convite para aqueles que desejam não apenas acompanhar, mas também liderar as transformações que definem nosso futuro.
Fonte ==> Folha SP