Frubana, que captou US$ 271 milhões, encerra operações no Brasil

Frubana, que captou US$ 271 milhões, encerra operações no Brasil

Dona de um marketplace de compra e delivery de itens de supermercado, frutas, legumes e verduras e outros alimentos para restaurantes e mercados de bairro, a startup colombiana Frubana encerrou suas atividades no Brasil.

“Nossa última entrega foi em 30 de julho. Obrigado por sua confiança e por estar conosco nesses cinco anos de história. Cada pedido fez parte de algo maior”, afirmou a empresa em uma mensagem postada em seu site.

Conforme apurou o NeoFeed, o fim da operação foi comunicado oficialmente aos cerca de 500 funcionários da empresa, alocados em São Paulo, há uma semana. Antes, no fim de 2024, a startup já havia fechado suas operações em Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e Campinas (SP).

“A demanda já vinha abaixo do que estávamos acostumados”, diz um ex-funcionário da startup, que pediu anonimato, ao NeoFeed. “Mas acho que os principais motivos foram as gestões passadas, que não souberam cuidar dos recursos, sem contar os inúmeros processos trabalhistas.”

Na justificativa dada a parte dos profissionais do seu quadro para encerrar definitivamente os negócios no Brasil, a companhia teria alegado que estava negociando um novo aporte de US$ 40 milhões, que acabou não se concretizando.

Fundada em 2018, pelo colombiano Fabián Gómez Gutiérrez, um ex-executivo do responsável pela expansão do Rappi em cidades como Barranquilla, Buenos Aires e Rio de Janeiro, a Frubana captou um total de US$ 271 milhões em sete rodadas.

O NeoFeed tentou contato com o empreendedor, mas não obteve um retorno até o fechamento desta reportagem.

A última rodada captada pela startup, uma série C, em julho de 2022, de US$ 75 milhões, foi liderada pela DST Global. O aporte contou com uma extensão, em dezembro do mesmo ano, de valor não divulgado e liderada pela Chimera Investment.

O que chamou a atenção dessas gestoras e fundos foi um modelo que mesclava os conceitos de marketplace e “atacado virtual”. Com a tese de ser uma “Amazon da cadeia dos alimentos”, a startup conectava restaurantes e mercados de bairro a fornecedores e produtores de frutas, verduras e legumes, entre outros produtos e outras categorias. E operava toda a logística por trás desse processo.

Posteriormente, a Frubana adicionou a essa cesta o Frupay, braço de serviços financeiros e de software de gestão, com ofertas de crédito, processamento de pagamentos e gerenciamento desses estabelecimentos.

Com esse modelo, a Frubana desembarcou no Brasil em outubro de 2020. E, rapidamente, o País se tornou a principal plataforma da companhia, ao estender sua presença para aproximadamente 30 cidades e ao concentrar mais da metade dos centros de distribuições da empresa na América Latina.

Como prova desse status, no início de 2024, em informação publicada pela revista Forbes, a startup suspendeu suas operações na Colômbia e no México, citando “condições macroeconômicas não favoráveis”.

Ao mesmo tempo, a companhia decidiu concentrar todos os seus esforços e recursos no Brasil, que, na época, representava 60% de todos os acessos à sua plataforma. O plano era, a partir dessa posição, ganhar fôlego para reativar as operações na Colômbia e no México no prazo de cinco anos.



Fonte ==> NEOFEED

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