O valor das debêntures era de R$ 1,5 bilhão e pertenciam ao Bradesco e Banco do Brasil – a Mapa fechou um entendimento com os dois bancos para fazer a compra.
Em fato relevante, a gestora sinalizou que pretende manter as ações por um longo prazo e manter um conselho de administração plural e independente, além de dar apoio para a atual gestão da Casas Bahia.
A operação de conversão das debêntures em ações vai provocar uma grande diluição nos atuais acionistas. A família Klein, leia-se Michel, Raphael, Natalie e Eva, seriam diluídos de cerca de 22% do capital do grupo para menos de 5% do capital.
No começo de junho deste ano, a Casas Bahia havia informado ao mercado que o Bradesco e o Banco do Brasil pretendiam converter R$ 1,5 bilhão da dívida em ações da companhia por meio de um agente financeiro.
Com isso, a dívida total da Casas Bahia cairia de R$ 4,55 bilhões para R$ 2,98 bilhões. E a alavancagem medida pela dívida líquida/Ebitda sairá dos atuais 1,6 vez para 0,8x.
A Casas Bahia, por sua vez, teria uma economia anual de R$ 230 milhões em despesas financeiras e poderia respirar mais aliviada tanto na parte de estrutura de capital como na busca de crédito no mercado.
Na ocasião, Renato Franklin, CEO do Grupo Casas Bahia, conversou com o NeoFeed, e disse que a conversão das debêntures em ações tiraria uma “bola de ferro dos nossos pés”. E acrescentou. “O grupo tem entregado melhoria a cada trimestre e isso fará o Ebitda crescer até o fim do ano.”
A gestora se define como especializada em gestão de participações e soluções de capital e faz desde investimento proprietário, como captação de recursos e assessoria em M&As.
A Casas Bahia está avaliada em R$ 288 milhões. No ano, as ações sobem mais de 6%, cotadas a R$ 3,03. Mas, ao longo desse ano, os papéis disparam e chegaram a R$ 10,32.
Fonte ==> NEOFEED