Pequenas e médias empresas no Brasil: como a consultoria financeira pode ser a chave para o crescimento

No Brasil, as pequenas e médias empresas são a espinha dorsal da economia. Segundo dados do Sebrae, elas representam mais de 90% dos negócios no país e respondem por cerca de 30% do PIB nacional.

Apesar da relevância, enfrentam uma estatística preocupante: quase metade fecha as portas antes de completar cinco anos de atividade. Os principais motivos estão ligados à má gestão financeira, à dificuldade de acesso a crédito e à falta de planejamento.

É nesse cenário que a consultoria financeira ganha cada vez mais importância. Ao oferecer orientação especializada em fluxo de caixa, alocação de recursos, gestão de custos e estruturação de dívidas, os consultores tornam-se aliados estratégicos na sobrevivência e no crescimento das empresas. Em mercados competitivos, contar com um olhar técnico e independente pode ser a diferença entre expandir ou encerrar operações prematuramente.

Na avaliação de Anderson Machado Pereira dos Santos, administrador, contabilista e consultor com 17 anos de experiência, o maior desafio das PMEs é justamente enxergar a consultoria como investimento, e não como custo. “Muitos empresários acreditam que só precisam de ajuda quando estão em crise, mas a consultoria deve ser preventiva. Quando a gestão é feita de forma organizada desde o início, a empresa cresce com muito mais solidez”, afirma.

Anderson conhece na prática os efeitos dessa transformação. Após anos atuando como gerente no Banco Itaú e no Banco Safra, assessorando empresas de médio e grande porte, passou a se dedicar à consultoria independente. Em um de seus casos de destaque, reestruturou as áreas financeira e operacional de uma multinacional sueca instalada em Curitiba. O resultado foi expressivo: faturamento dobrado em oito meses e aumento de 60% na receita. “Isso só foi possível porque houve disciplina na reorganização de processos e transparência na análise dos números. O consultor, muitas vezes, consegue enxergar soluções que não são visíveis no dia a dia do empresário”, explica.

Anderson Machado Pereira dos Santos, administrador, contabilista e consultor com 17 anos de experiência

Além de corrigir erros, a consultoria financeira também ajuda a identificar oportunidades de expansão. Com planejamento adequado, é possível avaliar riscos, negociar melhores condições com fornecedores, otimizar a gestão de estoques e preparar a empresa para buscar crédito em condições mais vantajosas. A profissionalização da gestão, ainda pouco presente nas PMEs brasileiras, se mostra cada vez mais essencial em um cenário de margens apertadas e custos crescentes.

Para o futuro, a tendência é que a consultoria ganhe ainda mais espaço entre pequenas e médias empresas, impulsionada pela digitalização e pela necessidade de dados confiáveis para decisões rápidas. “Empresas com operações sólidas podem sucumbir pela falta de gestão. O papel do consultor é garantir que o empresário tenha clareza dos números e possa tomar decisões baseadas em fatos, não apenas em intuição”, conclui Anderson.

Em um país onde as PMEs carregam parte expressiva da economia, fortalecer sua gestão financeira significa não apenas dar mais longevidade aos negócios, mas também ampliar empregos, produtividade e competitividade nacional.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *