A proteção de propriedade intelectual e segurança digital tornaram-se temas fundamentais no cenário tecnológico global, diante da crescente integração digital e da expansão do uso de inteligência artificial.
O aumento constante nos pedidos de patentes registrados em todo o mundo revela a necessidade crescente das empresas em proteger suas inovações tecnológicas para assegurar a competitividade e investimentos no setor. Segundo dados do United States Patent and Trademark Office (USPTO), somente em 2022, foram mais de 646 mil pedidos de patentes registrados, representando um aumento de aproximadamente 2,5% em relação ao ano anterior. Mais da metade dessas patentes está diretamente relacionada ao setor de tecnologia, refletindo seu protagonismo e a preocupação contínua com segurança jurídica sobre inovações.
O setor tecnológico não enfrenta apenas desafios relacionados à proteção de propriedade intelectual, mas também tem sido cada vez mais exigido quanto à conformidade com padrões rigorosos de segurança digital. Um relatório recente da Accenture revelou que ataques cibernéticos tiveram um aumento global de 125% nos últimos cinco anos, sendo que 56% das empresas relatam ataques sofisticados impulsionados por inteligência artificial (IA). Esses dados sublinham a urgência de implementar sistemas avançados de segurança digital e compliance em todos os níveis empresariais.
O arquiteto de soluções brasileiro Davi Aquino, coautor de uma patente registrada no USPTO intitulada “Systems and Methods for Sensitive Data Transaction Orchestration”, enfatiza a relevância dessa proteção para o crescimento sustentável das empresas tecnológicas. Aquino argumenta que a propriedade intelectual oferece às empresas meios para explorar comercialmente suas inovações com segurança e responsabilidade, garantindo que esforços significativos em pesquisa e desenvolvimento sejam protegidos adequadamente e não sejam explorados indevidamente.
Aquino ressalta que a segurança digital transcende o aspecto técnico, tornando-se um componente essencial da estratégia corporativa. Empresas precisam se adaptar à crescente complexidade das regulações globais, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, que registrou um aumento de 70% em processos administrativos somente em 2022, conforme relatório da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Na Europa, regulamentações como o Digital Operational Resilience Act(DORA) também avançam rapidamente, definindo padrões rigorosos de segurança e resiliência operacional. A conformidade com essas normas tornou-se um diferencial competitivo essencial.
Outro conceito em ascensão no mercado tecnológico é a implementação da arquitetura Zero Trust. Uma pesquisa conduzida pela Gartner em 2023 revelou que 60% das empresas planejam implementar ou já estão adotando o modelo Zero Trust até 2025, devido à sua capacidade de oferecer autenticações constantes e avaliações contínuas dos usuários dentro dos sistemas empresariais. Essa abordagem reforça significativamente a segurança contra acessos não autorizados e vulnerabilidades internas.
Davi Aquino defende ainda que, além dos investimentos tecnológicos e de compliance, é essencial que as organizações desenvolvam internamente uma cultura robusta de segurança digital. Treinamentos frequentes e a promoção de competências técnicas são fundamentais para preparar equipes capazes de responder eficazmente a incidentes cibernéticos. Uma pesquisa da IBM sobre cibersegurança apontou que empresas com programas sólidos de treinamento interno reduziram em até 35% a frequência de incidentes graves.
Nesse contexto, o papel da inovação torna-se ainda mais estratégico, impulsionado pela necessidade de conformidade com regulamentos rigorosos e pela crescente demanda por segurança digital eficaz. Empresas que adotarem esses princípios estarão mais bem posicionadas para enfrentar desafios futuros e para se destacar em um mercado global cada vez mais competitivo e digitalizado.
