O Networking é a Chave do Sucesso na Advocacia

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Fernanda Aguiar

Apenas 15% Depende da Técnica!

No universo jurídico, uma realidade surpreendente se impõe: apenas 15% do sucesso de um advogado é atribuído à técnica, enquanto impressionantes 85% dependem do networking. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Universidade de Harvard, que serve como um alerta para os profissionais da área, ainda enraizados em tradições e focados exclusivamente em suas especializações.

Tradicionalmente, advogados são vistos como especialistas em suas áreas, imersos em um vocabulário técnico e em práticas conservadoras. A formação em Direito, muitas vezes, não prepara os estudantes para encarar a advocacia como um negócio. Durante minha trajetória acadêmica, por exemplo, percebi que a faculdade tratava o direito quase como uma atividade filantrópica, ignorando conceitos de gestão, marketing e empreendedorismo. Essa abordagem limitante fez com que muitos colegas enfrentassem dificuldades financeiras, mesmo após anos de estudo e dedicação.

A falta de consciência sobre a advocacia como um empreendimento leva muitos profissionais a se tornarem “faz-tudo”. Eles abrem e fecham escritórios, atendem telefonemas, preparam peças processuais e ainda se desdobram para atender clientes, tudo isso sem tempo ou recursos para se desenvolverem como gestores. O resultado é uma rotina exaustiva, que gera estresse e instabilidade financeira.

Outro aspecto preocupante é a falta de conhecimento sobre o Código de Ética da OAB. Muitos advogados desconhecem, por exemplo, o artigo 2º, parágrafo único, que estabelece a importância de estimular a conciliação entre litigantes antes de recorrer ao litígio. Essa falha de entendimento pode resultar em um aumento desnecessário de processos judiciais.

A experiência prática demonstra que a advocacia deve ser tratada como um negócio. As relações são fundamentais; advogados e clientes esperam ser tratados com respeito e empatia. O desenvolvimento de habilidades como rapport — a capacidade de estabelecer uma conexão genuína com os outros — é essencial para o sucesso. O processo jurídico não pode se restringir a peças, protocolos e audiências; é preciso ir além.

O mundo está em constante mudança, e o advogado do futuro precisa ser adaptável, multifacetado e orientado para o cliente. Essa transformação não apenas beneficiará os profissionais, mas também proporcionará uma experiência mais rica e eficaz para os clientes, contribuindo para um sistema jurídico mais dinâmico e justo.

Diante desse cenário, a mensagem é clara: se ainda se acredita que a técnica é o único fator determinante para o sucesso na advocacia, é hora de reavaliar essa estratégia. O mercado jurídico está evoluindo rapidamente, e aqueles que não investem em networking e na construção de relacionamentos sólidos correm o risco de ficar para trás.

Para se destacar, é fundamental agir. Investir em sua rede, ampliar conexões e transformar a mentalidade são passos essenciais. O sucesso não espera por ninguém. O verdadeiro triunfo reside nas relações construídas ao longo da trajetória profissional. Ao mergulhar de cabeça no networking, os advogados podem vislumbrar novas oportunidades e ver suas carreiras decolarem.

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