MERCADO DE AÇÕES

a volta do investimento em empresas privadas
O Estado brasileiro tenta estender seus tentáculos novamente sobre a economia nacional — e quer voltar a ser sócio, ainda que de forma indireta, de companhias privadas. O BNDES acaba de anunciar um plano ambicioso de retomada dos aportes diretos em ações de empresas por meio da BNDESPar, com um desembolso previsto de R$ 10 bilhões. A iniciativa, que marca o retorno do banco ao mercado de renda variável após uma década de desinvestimentos, reacende lembranças da política das “campeãs nacionais” adotada nos anos 2000 e 2010 durante os governos petistas. Idealizada para acelerar o crescimento econômico, a estratégia resultou em enormes perdas de recursos públicos, baixa eficiência econômica e concentração de investimentos em poucas empresas com desempenho questionável. Também deixou marcas da relação promíscua entre governo e iniciativa privada, com acusações de favorecimento político e baixo resultado na economia. Em essência, tornou-se um símbolo de má alocação de capital e intervencionismo desastrado. VEJA TAMBÉM: Taxação BBB: acuado por fracassos, governo abandona “união” e retoma “nós contra eles” Governo quer bilhões das estatais e leilões de petróleo para fazer mais caixa Promessa do BNDES é de correção de rumo Desta vez, garante o banco de fomento, será diferente. Sob o comando do ex-ministro Aloizio Mercadante, a estratégia pretende evitar os erros do passado — como a seleção política de grandes conglomerados — e abrir espaço para empresas de todos os portes com projetos voltados a sustentabilidade e inovação. A lógica agora, diz o BNDES, não é mais “eleger campeões”, mas sim apoiar projetos com alto potencial de impacto positivo na economia — biotecnologia, transição energética e inovação verde. Os setores eleitos são o ponto bem recebido da iniciativa. “São áreas importantes no atual contexto”, diz Sergio Sakurai, economista da USP de Ribeirão Preto. “E o investimento público pode ajudar a irradiar inovação e produtividade para outras cadeias.” Mauro Rochlin, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) concorda: “Esses setores têm potencial de gerar spillover, ou seja, transbordar ganhos para outras áreas da economia. O investimento neles pode impregnar a economia com conhecimento e eficiência”. O aporte será dividido em duas frentes: metade (R$ 5 bilhões) para aquisições diretas de participações societárias e a outra metade destinada a fundos de investimento. Esses fundos, por sua vez, devem ser geridos por três a cinco gestores, em modelo que busca diluir riscos e ampliar o alcance para pequenas e médias empresas, historicamente à margem dos grandes programas de fomento. Sakurai aponta a necessidade de ampliar os recursos para este segmento. “Apesar dos inúmeros avanços pelos quais o sistema financeiro brasileiro passou nos últimos anos, as micro e pequenas empresas, que ainda são as principais empregadoras do país, ainda têm acesso muito restrito ao mercado de crédito, e quando têm, se deparam com taxas de juros proibitivas”, afirma. VEJA TAMBÉM: Liderados pela BYD, carros chineses avançam rápido no Brasil e põem indústria em alerta Mais uma chinesa: marca retoma vendas no Brasil e já desembarcou 680 carros no PR Iniciativa do BNDES é vista com desconfiança A diretoria financeira do banco assegura que a retomada dos aportes será conduzida com responsabilidade, considerando empresas selecionadas com boa rentabilidade e equilíbrio entre risco e retorno. Os recursos virão de dividendos recebidos pelo banco e da venda de participações em empresas consideradas “maduras”. Mesmo com pontos positivos e das promessas de mudança de critérios, a retomada de investimentos diretos por parte do banco estatal é vista com desconfiança e preocupação. Rochlin destaca que, embora a iniciativa do BNDES tenha se inspirado em exemplos internacionais bem-sucedidos, a experiência recente brasileira não pode ser esquecida. “Em países como Japão e Coreia do Sul, essas políticas estatais de fomento a setores estratégicos deram certo, conseguiram turbinar empresas com potencial de se tornarem players globais e foram vistas com bons olhos”, afirma. “Mas no Brasil, hoje vejo com reticência, não consigo confiar totalmente no que pode vir daí. Assistimos [com a política das campeãs] a uma mistura de subsídio estatal com uma boa dose de corrupção.” Para Sakurai, a preocupação é legítima: “Em se tratando de uma instituição pública, sempre fica o receio de que ocorra alguma interferência política na seleção dos projetos”, aponta. “Especialmente levando em conta que a política de estímulo às ‘campeãs nacionais’, posta em prática justamente no governo do PT, gerou resultados no mínimo muito duvidosos. A empresa Oi é um dos casos mais representativos do fracasso desta política”, acrescenta. O que foi a era das “campeãs nacionais” A política das “campeãs nacionais” vigorou principalmente entre 2007 e 2014, durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Conduzida pelo BNDES — então presidido por Luciano Coutinho —, essa estratégia foi formalizada como parte do Plano Brasil Maior em 2011, que previa um papel ampliado do Estado na indução ao crescimento econômico. A ideia central era impulsionar grandes empresas nacionais para que se tornassem líderes globais em seus setores — criando conglomerados “fortes e competitivos” capazes de disputar mercado com multinacionais. O foco recaiu sobre setores considerados estratégicos, como energia, infraestrutura, telecomunicações, alimentos e construção pesada. Para os críticos, o programa consolidou um modelo de “capitalismo de compadrio”, aproximando o governo de grandes grupos empresariais alinhados politicamente ao projeto de poder do PT. Entre os principais beneficiários estiveram empresas como JBS, Odebrecht, Oi, o grupo EBX (de Eike Batista), Marfrig, Fibria, BRF, Petrobras e Vale. Embora o BNDES alegasse retornos positivos em alguns investimentos, os custos fiscais da política foram elevados. Estima-se que, entre 2008 e 2014, o Tesouro Nacional transferiu mais de R$ 500 bilhões ao banco por meio da emissão de dívida pública para financiar empréstimos subsidiados. O caso mais emblemático é o da JBS, que, com apoio direto dos aportes, transformou-se em poucos anos na maior processadora de proteína animal do mundo, realizando aquisições nos EUA e na Europa. Outro exemplo foi a fusão entre Sadia e Perdigão, que resultou na criação da BRF, operação incentivada e financiada pelo banco estatal. A Oi, operadora de telecomunicações, também foi beneficiada: recebeu cerca

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