Uma “nova era” da educação pode ter nascido. Chamada de Educação 4.0, é um reflexo da conectividade, que facilita o acesso ao conhecimento e promove novas habilidades.
Por outro lado, todo o campo da educação, não só no Brasil, passa por grandes mudanças. Em meio ao que está sendo chamada de Quarta Revolução Industrial – uma rede mundial de computadores, inteligência artificial, automação, coleta e análise de dados – alguns estudiosos teorizam sobre como isso impacta o ensino. Uma “nova era” da educação pode ter nascido. Chamada de Educação 4.0, é um reflexo da conectividade, que facilita o acesso ao conhecimento e promove novas habilidades. Computadores, celulares e tablets tornaram-se portais para promover descobertas, além de terem sido introduzidos em escolas como meios alternativos para o aprendizado. E, com todas essas mudanças, nasceram novas formas de democratizar a educação.
O “boom” da educação pela internet foi em 2012, com os moocs (massive open online courses), cursos online de baixo custo ou gratuitos e em grande escala. Nasceram empresas como a EDX (criada em conjunto pelo MIT e Harvard), Coursera (idealizada por professores de Stanford) e Udacity (também vinda de Stanford). Em poucos anos, essas plataformas já ofereciam aulas de instituições renomadas mundialmente. Enquanto o Coursera firmou parcerias com universidades e passou a ofertar certificados de especializações, o Udacity disponibilizou cursos de tecnologia em conjunto com a Google e a Apple, por exemplo.
Bolsas de estudo
Além das aulas online, também existem plataformas que se especializaram em bolsas de estudo para graduações e até mesmo pós-graduações. No Brasil, empresas como a Educa Mais Brasil e a Quero Bolsa oferecem bolsas de estudo para graduações em universidades brasileiras. O aluno faz as aulas por meio do sistema EAD (Educação a Distância) da plataforma e recebe desconto nas mensalidades. Porém, as ofertas são quase completamente restritas a graduações ou especializações. Nada de mestrados ou doutorados.
Para preencher essa lacuna, foi fundada a MinhaBolsa.Digital, uma das únicas plataformas a agregar um sistema de bolsas de estudo para mestrados e doutorados em instituições internacionais. Por meio da startup, que atua em todos os países lusófonos, é possível conseguir bolsas de até 100% em pós-graduações stricto sensu em universidades fora do país; paga-se apenas uma taxa única menor do que um mês de mestrado ou doutorado no sistema universitário tradicional. E além dos mestrados e doutorados internacionais, a MinhaBolsa.Digital também oferta bolsas de estudo para graduações e pós-graduações em instituições nacionais.
A ideia para a startup veio a partir da observação de que há uma grande dificuldade em conseguir se capacitar em níveis mais altos após a graduação. CVO da MinhaBolsa.Digital, Antônio Cardim espera democratizar e reimaginar a educação. “Queremos que qualquer pessoa, em qualquer lugar, não importando seu status social e muito menos a renda, possa ter acesso à educação”, diz.
Como funciona o MinhaBolsa.Digital?
Quando comparada a empresas como Coursera e Udacity, a startup brasileira tem uma vantagem: a integralização. Se o aluno estiver atrás de uma bolsa de mestrado, ele pode transformar o seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) em um artigo ou dissertação, que será então oferecido às universidades disponíveis na MinhaBolsa.Digital. Ou, caso faça uma pós-graduação latu sensu (especializações e MBAs), o estudante pode aproveitar suas disciplinas para terminar o mestrado ou doutorado em menos tempo.
Depois de aprovado em alguma das instituições, o estudante inicia os estudos por meio da plataforma EAD da startup. Todo o material é disponibilizado em português.
A educação a distância vai substituir o modelo tradicional?
Ainda é cedo para afirmar qualquer coisa. Porém, esse não é o intuito do EAD, ainda mais no Brasil. A MinhaBolsa.Digital foi idealizada a partir da observação de que há uma grande dificuldade em conseguir se capacitar em níveis mais altos após a graduação. CVO da startup, Antônio Cardim espera democratizar e reimaginar a educação. “Queremos que qualquer pessoa, em qualquer lugar, não importando seu status social e muito menos a renda, possa ter acesso à educação de qualidade”, diz.
Apesar de as aulas online existirem já há alguns anos, somente no final do ano passado que cursos de mestrado e doutorado a distância foram regulamentados no Brasil, algo que já é comum em países como os Estados Unidos e n a Europa. O EAD no país já teve um aumento de 17,6% entre 2016 e 2017, segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Agora, com novas possibilidades, é provável que o ensino a distância cresça ainda mais.
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